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domingo, setembro 09, 2007

Ela escreveu

Sabe quando você lê algo e é acometido por um misto de admiração com vontade de ter pensado nisso antes? Ah! Jogue a primeira pedra quem nunca se encantou diante de uma idéia simples mas funcional e não se perguntou " porque não fui eu?"Isso sempre acontece comigo. Diante dos poemas do Drummond, Camões, de expressões escritas por C.S. Lewis, de músicas de tantos nomes. E nem precisa ser uma celebridade pra despertar minha boa inveja. E nessa semana eu me peguei com esse sentimento ao ler o blog da Suzi, uma pessoa que não conheço pessoalmente, nem sei como é sua fisionomia, mas cujo coração e pensamentos passei a admirar através das letrinhas que ela, de uma forma muito especial, escreve em seu blog.
E assim me expresso com as letras da Suzi:

Vinte e poucos, trinta e tals

Sem respirar:
"Vamos deixar as coisas acontecerem..." Isso é bom e fácil de ouvir quando você tem vinte e poucos anos. Mas você consegue ter a exata noção de como o tempo já passou, quando uma frase como essa dói, nos seus ouvidos. Aos trinta e tals você já não se conforma em deixar rolar pra ver onde vai dar. Você quer compromisso, você quer atitude. Você deseja. Sem expectativas. Mas deseja. O príncipe no cavalo branco já pode vir a pé e vestido de sapo, mas é preciso existir encanto, é preciso "chegar junto" trazendo na bagagem um certo "know-how". Porque aos trinta e tals você não é mais a jovem de vinte e poucos que não exigia compromisso porque também não queria se comprometer, afinal, era cedo demais. Aos trinta e tals, longe de ser tarde demais para qualquer coisa, e exatamente por ter essa noção, você precisa de compromisso, envolvimento. Aos trinta e tals você nem sequer é do tempo do "ficar"; isso começou quando você já não era mais adolescente, e entrar na moda, agora, é, no mínimo, constrangedor. Aos trinta e tals você não canta mais "nem por você nem por ninguém eu me desfaço dos meus planos"... você já não tem vinte e poucos anos... A mulher de trinta já se sabe campeã. Já se reconhece vencedora. Saiu pro mercado de trabalho e conquistou seu espaço. É bem-sucedida profissionalmente. Ela se sustenta. Tem duas faculdades, pós-graduação, ou Mestrado, MBA... Tem sua casa, seu carro, faz suas próprias aplicações financeiras, viaja pelo Brasil e pro exterior, não depende financeiramente de ninguém e até ajuda quem precisa de apoio, desde que não se perceba explorada. A mulher de trinta não precisa de arrimo, ela se vira sozinha; mas quer proteção, precisa ser mimada; porque basta a competição no mercado de trabalho, a dureza dos prazos que tem para cumprir, a postura de forte e inabalável que precisa assumir no dia-a-dia da empresa, a polivalência de combinar a dona-de-casa com a executiva, entre papéis A4 e listinhas de supermercado. A mulher de trinta não precisa de bajulação do mundo nem de ninguém. Percebe fácil um aproveitador - no mundo dos negócios e no seu universo particular. E então ela é um sucesso em tudo o que faz. E poderia viver bem assim. Realizada. Mas quer mais. Aos trinta e tals ela não se contenta em ter. Ela quer ser. Quer ser o norte de alguém. Quer saber que o é, e ouvir do próprio alguém. Ela quer atenção. Quando está triste, quer a mão nos seus cabelos e ouvir que tudo vai passar. Quer ser fundamental para alguém. Quer ser feliz no amor. Para sempre. Enquanto dure. E que dure muito, muito, muito tempo. Tanto quanto eternamente. E ela tem urgência, no amor. Para que ele comece a ser eterno o quanto antes. Ela quer compromisso. E tudo o que ela não quer é meramente "deixar acontecer".
Valeu Suzi!!!

3 comentários:

Suzi disse...

;o)

eu agradeço o carinho.
e nem morta que jogo a tal primeira pedra!

JEANS E CAMISETA disse...

Mais uma vez obrigada pela permissão Suzi.
Bjim

Suzi disse...

;o)